A Martinica situa-se no arquipélago das Pequenas Antilhas, é banhada a Leste pelo Oceano Atlântico e a Oeste pelo Mar das Caraíbas. A sua posição geográfica excecional proporciona oportunidades de trocas regulares entre países e continentes.
Com uma superfície de 1 128 km ², é um dos mais pequenos departamentos franceses.
A Martinica situa-se a 7 000 Km de distância, cerca de 8 horas de voo, de Paris; a 2 000 Km, cerca de três horas de voo, de Miami; e a 1 500 Km da Guiana (continente sul-americano).
A Martinica tem um clima quente e húmido pautado apenas por duas estações: a chamada “Carême – Quaresma” (período seco) e designada “Invernia” (período de pluviosidade, de junho a outubro). A temperatura varia entre os 25 e os 30 ° C durante todo o ano.
O relevo da Martinica é caraterizado pela sua diversidade:
Coordenadas: 14° 40′ Norte 61° 00′ Oeste
Área: 1 128 km2
Fuso horário: UTC -4h
A Martinica pertence a um dos 35 hotspots mundiais da biodiversidade (as ilhas das Caraíbas). A sua riqueza é única devido às muitas espécies endémicas e ao seu caráter patrimonial, raro, mas também ameaçado, dos habitats que as abrigam. Possui igualmente ecossistemas marinhos excecionais (bancos de algas, mangais, recifes de coral).
A sua situação geográfica, permite-lhe dispor de potenciais significativos no domínio das energias renováveis (energia solar, fotovoltaica, hidráulica, geotérmica, eólica, biomassa …)
A Martinica possui, entre outros, cerca de 101 monumentos históricos e a cidade de Saint-Pierre, classificada como “Cidade de Arte e de História”, destruída pela erupção de Monte Pelée, a 8 de maio de 1902. É berço de escritores de renome mundial como, nomeadamente, Aimé Césaire, Suzanne Dracius, René Maran, Frantz Fanon, Edouard Glissant ou Joseph Zobel.
As potencialidades em termos de turismo são evidentes, embora faltem na região infraestruturas locais. O setor agroalimentar é vital para a economia, sendo as produções de banana e rum orientadas para a exportação. A região possui igualmente uma valiosa experiência na gestão e na prevenção de riscos naturais.
Dados chave
Administração:
Dados demográficos:
Dados económicos:
Fontes: IEDOM, INSEE
Os primeiros habitantes da Martinica foram os índios Arawaks, expulsos pelos índios caribenhos. Estes foram, por seu turno, foram dizimados por soldados europeus, pouco depois da chegada de Cristóvão Colombo, em 1502, no dia de São Martinho. Conhecida como Madinina, “a ilha das flores” ou Jouanacaera, “a ilha das iguanas”, a Martinica torna-se francesa em 1635.
As bases da sociedade local, primeiro abalada pela abolição da escravatura, proclamada em 22 de maio de 1848, após a revolta de escravos da região de Saint-Pierre, foram sucessivamente colocadas em causa durante o século XX. Logo no início deste século, 8 de maio de 1902, a erupção do Monte Pelée aniquila a cidade de Saint-Pierre e 30.000 dos seus habitantes. A lei de 19 de março de 1946 estabelece a Martinica como departamento ultramarino.